Hoje na ABO-RN haverá conferência, às 19 horas no auditório, com o tema "Frenectomia: procedimento de fácil execução para o clínico" com o prof. Gentil Homem de Araújo Neto. Para saber mais um pouco sobre esse tema divulgamos abaixo o texto do Dr. Luiz Rodolfo da equipe dicas de odonto que detalha um pouco sobre o que se constitui esse procedimento. Acompanhe a seguir:
O que é Frenectomia?
Um procedimento simples e corriqueiro nos consultórios dos Periodontistas ou que pode até ser realizado pelos clínicos gerais.
Na boca temos basicamente 3 tipos de
freios – freio do lábio superior, freio do lábio inferior e o freio
lingual. Ele é facilmente reconhecido quando você puxa seu lábio
superior para cima ou o inferior para baixo -é aquela “pelezinha”
fibrosa que liga o lábio com a gengiva na altura do meio dos dentes
anteriores.
Em alguns casos esse freio atrapalha a
junção dos dois incisivos centrais, criando um espaço entre eles chamado
de diastema. A colocação de aparelho ortodôntico leva os dentes para o
lugar correto, mas se o freio estiver no caminho e não for cortado, ele
empurra os dentes de volta, abrindo o espaço novamente.
Em outros casos, o freio pode causar retrações gengivais se ele estiver inserido muito perto dos dentes, na gengiva livre. O
exame para ver se a causa da retração é o freio é muito simples: basta
puxar bem o lábio e ver se a gengiva retraída se torna esbranquiçada ou
como os dentistas gostam de falar – ver se acontece uma “isquemia
gengival” no local.
Na língua, se o freio for muito curto e fibroso pode causar a famosa “língua presa” e a operação pode ser feita com o paciente ainda criança. Veja este Post do Tio Dentista - http://tiodentista.com.br/2011/08/lingua-presa-o-que-e-e-como-tratar.html
A técnica da Frenectomia ou Frenotomia
visa o corte do freio e a mudança da sua inserção. Veja bem, o freio não
vai ser arrancado em sua totalidade. Nós apenas mudaremos o local de
sua inserção para que ele não atrapalhe o fechamento de diastemas ou
procedimentos de cirurgia gengival ou ainda para que não cause retrações
gengivais.
Acharam aí o freio extremamente fibroso? Se não, vejam a marcação na foto abaixo:
Todo
este tecido em excesso será removido. A anestesia é local e no caso
deste freio, em particular, ele tinha sua inserção final no céu da boca,
atrás dos incisivos. Uma incisão é feita na horizontal, na altura de
onde planejamos que o freio fique inserido. A região é aberta e o tecido
é “esvaziado” para que não haja recidiva.
Depois a região é suturada até o lábio para demarcarmos onde será o novo freio. Há técnicas que usam apenas cimento cirúrgico para a proteção da ferida. Em cerca de 15 dias o novo freio estará se
formando e a cirurgia leva no máximo 40 minutos. Ela pode ser feita
antes da colocação do aparelho ou depois do fechamento do diastema. Isso
tudo vai depender do planejamento.
Agora quando seu dentista sugerir este
procedimento não precisa ficar com medo. O pós-operatório pode ser um
pouco incômodo e a alimentação deve ser mais pastosa e gelada.
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